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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O PAPEL DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Luzimar Alves Damasceno

RESUMO

Denomina-se obesidade o acúmulo excessivo de células de gordura no corpo. No Brasil, o número de casos de pessoas com sobrepeso e obesidade vem se revelando como um dado preocupante. Diante da problemática obesidade infantil e o desejo de saber como o enfermeiro através de sua atuação profissional poderia contribuir na prevenção da obesidade infantil, surgiu a vontade de se realizar essa pesquisa. Os objetivos que nortearam este estudo: analisar o papel do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil; avaliar a influência dos pais na relação com a obesidade infantil; e identificar os benefícios da educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil. Trata-se de um levantamento bibliográfico de caráter retrospectivo com recorte temporal de janeiro de 2003 a dezembro de 2008 no intuito de analisar o papel do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil e outros aspectos que podem influenciar na prevalência dessa problemática. Identificou-se que a família se torna o primeiro educador em alimentação para as crianças. Ao profissional de enfermagem são atribuídas significativas tarefas voltadas à prevenção da obesidade infantil, sua função principal é a de cuidar. Desde o nascimento da criança até a fase adulta deve-se ter acompanhamento pelo enfermeiro, no sentido de analisar o seu desenvolvimento, na perspectiva de averiguar e prevenir doenças que são oriundas de associações promovidas pela alimentação inadequada. Notou-se que o profissional de enfermagem é uma pessoa dotada de possibilidades no sentido de evitar que essa problemática prevaleça na fase adulta.

Descritores: Obesidade Infantil. Educação. Saúde. Prevenção. Família. Enfermeiro.

ABSTRACT

Obesity is called the excessive accumulation of fat cells on the body. In brazil, the number of people with overweight and obesity is becoming a disturbing fact. Facing childhood obesity and the wish to know how a nurse could help on its prevention, came the idea to make this research . The objectives that guided this study: analyse the roll of a professional nurse on childhood obesity prevention, evaluate the influence of parents on dealing with childhood obesity, identify the benefits of health education as a nurse care on childhood obesity prevention. It refers to a bibliographic survey of retrospective features, refering to the period of january 2003 up to december 2008 aiming to analyse the roll of a nurse on childhood obesity prevention, and other aspects that could influence on the prevalence of this problematic. It was identified that the family represents the first guide on alimentation for infants. To the professional nurse are given very significative tasks on preventing childhood obesity, it's main function is to take care. From the birth up to becoming an adult it should be attended by a nurse , in order to have its growth supervised, to investigate and prevent illnesses and diseases, derived from associations promoted by unhealth eating habits. It has been noticed that the professional nurse is a person able to avoid that this problematic should prevail after being an adult.

Describers: childhood obesity. Education. Health. Prevention. Family. Nurse.

1 INTRODUÇÃO

Conceitua-se obesidade o acúmulo excessivo de células de gordura no corpo. Sendo considerada uma doença de origem multifatorial, pois pode estar correlacionada a hábitos de vida, fatores biológicos, ambientais e emocionais. Segundo Nettina (2003, p. 651) “[...] a obesidade é uma abundância exagerada das gorduras corporais, resultando em peso corporal de 20% ou mais acima do peso médio para a idade, altura, sexo e estatura corporal da pessoa”.

Sabe-se ainda que a obesidade é uma doença metabólica, de prevalência crescente, agravada pela exposição dos indivíduos propensos à fenômenos comportamentais, culturais, sociais e econômicos, associados a fatores demográficos (sexo, idade e raça) e ao sedentarismo (BRASIL, 2007).

Pesquisas apontam um aumento crucial na prevalência da obesidade infantil, nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma epidemia mundial. As tendências de transição nutricional ocorridas neste século direcionam para uma dieta mais ocidentalizada, a qual, aliada, à diminuição progressiva da atividade física especialmente pelas crianças, converge para o aumento de casos de obesidade infantil em todo o mundo, tornando-se um grande desafio para os pesquisadores da área de saúde (OLIVEIRA; FISBERG, 2003).

Pesquisas de âmbito mundial apontam números alarmantes de crianças obesas com menos de cinco anos, estima-se uma população em torno de 17,6 milhões. As principais causas do problema são o consumo crescente de dietas com alta densidade energética, ricas em gorduras saturadas e açúcares, além do sedentarismo. A obesidade e o excesso de peso são fatores relevantes para aquisição de doenças crônico-degenerativas como hipertensão arterial sistêmica, diabete tipo II, acidente vascular cerebral, cardiopatias, hipotireoidismo, hipercolesterololemia, hipertriglicedemia, hiperinsulinemia, dentre outras moléstias, as quais já são observadas nessa faixa etária (OPAS; OMS, 2003).

Pesquisas realizadas com crianças no Brasil mostram que, estas apresentam maior prevalência de excesso de peso, com idade inferior a 10 anos, e são em sua maioria, aquelas que vivem em famílias de classe média e alta, no entanto registra-se crescimento acentuado em crianças pobres. Aponta-se ainda a estimativa de já existirem cerca de três milhões de crianças com excesso de peso, sendo que, a má alimentação tem representatividade de 95% nesses casos e apenas 5% originados de causas endógenas (CORSO et al., 2003).

É importante ressaltar que o ambiente familiar tem significativa representação, entre a combinação de fatores associados, que desencadeiam a obesidade. A alimentação rápida “fast-foods”, pobre em fibras e repleta de calorias é o carro chefe que conduz a pessoa a adquirir excesso de peso. O sedentarismo e a própria obesidade, tendem a conduzir a criança a ficar cada vez mais obesa, assim, contribuindo para o aumento da obesidade infantil, e o sedentarismo (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).

Diante da problemática obesidade infantil e o desejo de saber como o enfermeiro através de sua atuação profissional poderia efetivamente contribuir na prevenção da obesidade infantil, junto ao âmbito familiar e atendimento à criança, surgiu a vontade de se realizar essa pesquisa. Conforme a perspectiva apresentada definiu-se os seguintes objetivos que nortearam este estudo: analisar o papel do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil; avaliar a influência dos pais no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil e identificar os benefícios da educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil.

2 METODOLOGIA

Trata-se de um levantamento bibliográfico de caráter retrospectivo, que segundo Cervo; Bervian e Silva (2007), são estudos que visam conduzir o pesquisador a apreciar e analisar as contribuições científicas do passado sobre determinado assunto ou temática. Empregou-se um recorte temporal de janeiro de 2003 a dezembro de 2008, no intuito de investigar e analisar os conceitos presentes na literatura pesquisada, com relação aos objetivos propostos, nas indexações eletrônicas das bases de dados: Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Base de Dados de Enfermagem (BDENF), periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (CAPES/MEC) Revista de Pediatria Online, Revista de Meio Ambiente e Saúde Online. Além, da literatura básica citada acima também foram utilizados na pesquisa: livros, TCC, Lei, tese e documentações oficiais do Ministério da Saúde, Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde. O que possibilitou o estabelecimento de um banco de palavras-chave utilizadas para preencher as lacunas existentes na temática em estudo.

Selecionou-se como descritores na busca aos artigos online, os termos: obesidade infantil, educação em saúde, prevenção, papel da família e papel do enfermeiro.

A busca seletiva dos trabalhos científicos teve como preocupação a observância de critérios de inclusão e exclusão mostrados a seguir:

Critérios de inclusão: estudos científicos publicados no Brasil, e em língua Portuguesa, durante o período de janeiro de 2003 a dezembro de 2008, referente à obesidade infantil e o papel do enfermeiro como educador em saúde na prevenção da obesidade infantil, dentro do território brasileiro, na sua totalidade ou por meio digital (internet). Trabalhos de Conclusão de Curso - TCC, relacionados ao tema, e dentro do período estabelecido, disponíveis na biblioteca da Faculdade de Ciências Aplicadas “Sagrado Coração” – Pitágoras.

Critérios de exclusão: Artigos científicos, TCC, Teses e Dissertações em idiomas diferenciados do português, publicadas antes de janeiro de 2003 e posterior a dezembro de 2008, com levantamento da população ou amostragem não correspondente à estudada e/ou fora do assunto em estudo, não disponibilizado no Brasil de forma integral ou por via eletrônica (internet).

Além dos critérios observados acima, para padronização da pesquisa, considerou-se criança indivíduos com idade inferior a 12 anos, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei n. 8.069 de 13 de julho de 1990, em seu art. 2º.

Utilizando os descritores foram encontrados vários artigos, sendo selecionados 24 deles por estarem disponíveis de forma completa na rede eletrônica, além da facilidade no acesso. Após o processo de seleção, procedeu-se uma minuciosa e exaustiva leitura destes artigos, e posteriormente realizou-se a análise das ideias identificadas.

Os artigos, livros, periódicos, e as demais obras utilizadas na pesquisa, foram agrupadas com vistas à identificação do ano de lançamento e/ou publicação, a origem e os elementos do estudo, e a clientela estudada. A análise das informações obtidas das referidas obras permitiram a categorização dos dados coletados na tríade temática a seguir: a influência da família no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil; a educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil e; a atuação do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A busca por artigos relacionados à pesquisa possibilitou o conhecimento de conceitos envolvendo o assunto obesidade infantil. Na Tabela 1 serão evidenciados os artigos encontrados utilizando os descritores.

Tabela 1 - Amostra dos resultados encontrados utilizando os descritores

DESCRITORES

LILACS

SciELO

BDENF

CAPES/MEC

OBESIDADE INFANTIL

169

52

01

25

EDUCAÇÃO EM SAÚDE

455

175

06

12

PREVENÇÃO

7.999

2572

698

42

PAPEL DA FAMÍLIA

736

206

118

53

PAPEL DO ENFERMEIRO

345

66

282

01

Fonte: Rede Internacional de Computadores (2009).

Para a elaboração do presente trabalho realizou-se o refinamento das pesquisas encontradas nos bancos de dados acima citados, utilizando-se especificamente apenas 24 publicações, conforme se apresenta na tabela abaixo:

Tabela 2 – Amostra dos artigos selecionados publicados no período de janeiro de 2003 a dezembro de 2008.

ANO

ARTIGOS INDEXADOS

BASE DE DADOS

2008

1

1

3

LILACS

CAPES/MEC

SciELO

2007

2

1

1

1

SciELO

BDENF

LILACS

CAPES/MEC

2006

2

2

1

SciELO

BDENF

CAPES/MEC

2005

2

CAPES/MEC

2004

2

1

2

SciELO

LILACS

CAPES/MEC

2003

1

1

LILACS

BDENF

TOTAL

24

Fonte: LILACS, SciELO, BDENF, CAPES/MEC e REVISTAS.

Entre os artigos selecionados, foram analisados textos que contivessem dados sobre orientações preventivas, promoção, educação em saúde e cuidado de enfermagem, assim como dados históricos, social e cultural, relacionada à obesidade infantil. Além dos artigos, também serviram de fontes referenciais, livros (6), periódicos (2), TCC (1) Lei (1) e tese (1).

A análise exaustiva das fontes científicas possibilitou a categorização das informações coletadas, em três temas principais, que serão discutidos a seguir, e são eles: a influência da família no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil; a educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil e; a atuação do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil.

3.1 A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NO ESTILO DE VIDA DOS FILHOS E SUA RELAÇÃO COM A OBESIDADE INFANTIL

Na concepção de Spada (2005), a família na sua essência, se torna o primeiro educador em alimentação para as crianças, e o fator que provoca atenção no meio familiar é a quantidade de alimentos e não sua composição. Promover o padrão de hábitos alimentares saudáveis é muitas vezes esquecido, atribuindo ênfase na quantidade no lugar da qualidade. As práticas sociais promovem a aprendizagem quanto à cultura alimentar, desta forma, possuidora desses conhecimentos adquiridos no meio social, os familiares transmitem essa aprendizagem, tornando-se assim os primeiros educadores nutricionais, desenvolvendo uma tarefa de suma importância na vida da criança.

Entende-se que o processo de bons hábitos alimentares deve abranger toda a família, já que os adultos servem de exemplo para as crianças. Significa que quando os pais demonstram hábitos alimentares saudáveis influencia a conduta alimentar de seus filhos de forma positiva e duradoura. Ressaltando que há um desafio em promover uma alimentação benéfica, pois esta se trata de mudança de hábitos alimentares (PANDOLFI; COSTA, 2008).

Neste contexto, atribui-se à família o compromisso de formar a cultura alimentar da criança, de forma a criar uma gama de possibilidades para que ela adquira suas preferências alimentares. Rotenberg e Vargas (2004) defendem que o momento de alimentar-se assim como o de comer está em níveis mais elevados que a simples função do ato biológico enquadra-se basicamente na seleção, o consumo, o ritual da preparação das refeições, a distribuição, a digestão do alimento, enfim uma combinação de fatores culturais que envolvem todo esse processo.

Os autores relatam ainda que em função do nível da idade do indivíduo criam-se tipos de alimentação diferenciados, no sentido de atender a recomendações diversas, assim como proibições, de acordo com as composições dos alimentos dispostos para a ingestão. Neste caso, com o propósito de enquadrar-se de acordo com o estado de saúde da criança e dos vínculos sociais em que o mesmo está inserido, a família possui um papel fundamental na introdução e manutenção desses alimentos na dieta da criança (ROTENBERG; VARGAS, 2004).

Estudos realizados por Corso et al. (2003), no município de Florianópolis Santa Catarina, direcionados à análise da prevalência de sobrepeso em crianças com idade abaixo dos seis anos de vida, comparados com os desenvolvidos por Taddei (2000), apresentam, em ação comparativa que a transição nutricional nas regiões Sul e Sudeste sofreu aumento considerado relacionado às outras regiões (CORSO et al., 2003).

A denominação transição nutricional provém através da modificação de hábitos nutricionais, representados pela substituição de alimentos tradicionais por outros de procedência industrializada, hipercalóricos e pobres em nutrientes, prática comum em países em desenvolvimento (DE LAVOR, 2007). No âmbito familiar, esta transição poderá trazer grandes consequências para a saúde da criança e dos demais membros da família, pois é nesse meio que se constroem os bons e os maus hábitos, e nesse caso, uma alimentação desequilibrada poderá condicionar a família a uma hereditariedade de obesidade e fatalmente outras doenças relacionadas, como as crônico-degenerativas (DE LAVOR, 2007).

3.1.1 A Família como Promotora da Saúde

Sabe-se que a família é um grupo de pessoas em que podem ou não ter vínculos de consanguíneos ou caracterizados pela legalidade civil. Cada família possui uma forma particular de interação entre os membros, com o propósito milenar da preservação do bem-estar de seus membros (WERNET; ANGELO, 2003).

Em função de ser a vida humana formada por fases distintas, cabe à família oferecer condições propícias para que a criança evolua em sua trajetória, com o máximo de saúde. Neste momento crucial de crescimento do ser, é de fundamental importância que os membros familiares entendam essas fases, no sentido de propiciar condições para que o desenvolvimento do mesmo seja coberto de êxito. Neste caso, Zeferino et al. (2003) acrescentam que deve-se ter sempre em mente de que o primeiro ano de vida da criança oferece o máximo de atenção, por ser nesse período que o tecido adiposo se desenvolve, e pelo fato de a família sempre achar que criança gorducha é sinônimo de saúde.

Esta cultura de criança gorda deve-se banir e proporcionar a esta uma alimentação sadia. Sendo assim, os pais precisam ficar atentos quanto à conduta alimentar de seu filho e proporcionar um cardápio estabelecendo horários, tipos e quantidades dos alimentos desejáveis; não obrigá-las a comer tudo, e sim, deixá-las a ter seu próprio limite (MAHAN; STUMP, 2005).

Nesse contexto atribui-se à família, a responsabilidade de conduzir a criança a padrões alimentares saudáveis, no sentido de promover o crescimento adequado. Além disso, os pais deveriam ter a concepção de que a alimentação de uma criança deve ser relacionada a muito diálogo, esclarecendo as vantagens de uma alimentação balanceada e saudável. Sendo assim, não se deve constringir a criança à mesa brigando ou criticando-a, para que ela não venha descontar suas frustrações ao se alimentar. E sim, elogiando e relembrando os bons hábitos alimentares (FERNANDES; VARGAS, 2007).

Se por um lado afirma-se que a família é responsável na promoção da boa saúde aos membros, Mendes e colaboradores (2006) desenvolveram estudos sobre a agregação familiar de fatores de risco para doenças cardiovasculares, em que demonstram que o excesso de peso, a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo dos pais foram fatores que estiveram presentes nos filhos, desta forma concluiu-se que as crianças e adolescentes são diretamente influenciados pelos hábitos do meio em que vivem.

Para um bom desenvolvimento e crescimento cheio de normalidade entre as crianças, se faz necessário a adoção de alimentação nutricionalmente adequada. No entanto, nota-se que há um declínio quanto ao consumo de alimentos básicos e tradicionais na mesa dos brasileiros, que é formada pelo popularmente conhecido feijão com arroz. Consequentemente registrou-se um aumento elevado de produtos de origem industrial, voltado para a classe que detém um grande quantitativo de açúcar, gorduras saturadas e trans, presentes nos biscoitos e refrigerantes e lamentavelmente baixíssimo consumo de frutas e hortaliças (LEVY-COSTA et al., 2005).

Portanto, cabe ao enfermeiro e demais profissionais de saúde, conscientizar a família quanto à adoção de práticas alimentares saudáveis, favorecendo a adequação da cultura alimentar das crianças que habitam no mesmo espaço, pois, é notório que as crianças passam a gostar dos alimentos que são ofertados. Assim sendo, deve-se ofertar tipos de alimentos que oportunizam em preferências alimentares saudáveis, e que tornar-se-ão permanentes até sua vida adulta, com o intuito de favorecer a criação de ciclos que perpetue por gerações (MONTEIRO; VICTORA; BARROS, 2004).

Também é de responsabilidade da família o incentivo de práticas saudáveis de vida, como atividades físicas regulares, visto que o sedentarismo é um dos principais fatores predisponentes à obesidade infantil.

3.2 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO UM CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

Segundo Philippe (2006, p.127) “[...] a educação é um processo de transformação do indivíduo que modifica seu entorno e vice-versa. O homem é um ser em transformação ao mesmo tempo um agente transformador da sua realidade”. Desta forma pode-se assegurar de que o termo educar conduz o indivíduo à absorção de experiências que promovem sua própria elevação a adequação dos padrões sociais e possibilita a aquisição do pensamento crítico e reflexivo.

Entende-se por educação em saúde:

[...] um processo de capacitação das pessoas proporcionado por uma abordagem socioeducativa que assegure conhecimento, habilidades e formação da consciência crítica para tomar uma decisão pessoal com responsabilidade social, incluindo políticas públicas e reorganização de serviços (BARROSO, VIEIRA, VARELA, 2003, P. 18).

De acordo com Nettina (2003) a American Nurses Association incluiu em seus padrões de cuidado a aplicação da educação em saúde, e neles a enfermagem tem um papel significativo na aplicabilidade desses cuidados. Ações voltadas à promoção da adaptação aos efeitos residuais da doença, a manutenção e a promoção da saúde são os pilares centrais que o enfermeiro deve se sustentar.

Sabe-se que informações atualizadas no campo da saúde são um direito do público, desta forma a educação em saúde representa um dos conhecimentos que o profissional de enfermagem deve dominar para com isso ofertar melhor qualidade de vida ao povo. Há de convir de que um público bem informado, que faça questionamentos significativos a respeito de saúde e dos serviços de cuidados de saúde, também contribui significativamente para a promoção da educação em saúde (SMELTZER; BARE, 2005).

A aquisição da saúde, assim como sua manutenção são fatores que estão diretamente relacionados ao processo de educação, sendo que o conhecimento possibilita o indivíduo a adequar seu estilo de vida dentro de parâmetros saudáveis, fugindo assim de atos vulneráveis e prejudiciais à saúde. O fato da obtenção do conhecimento promove mudanças significativas de forma a conduzir o indivíduo a aceitar a natureza de ser o principal responsável pelo seu estado de saúde (ARAÚJO et al.; 2006).

A contemporaneidade criou novos paradigmas comportamentais nas mulheres desta geração. Aspectos voltados à vaidade feminina, na tentativa da preservação da beleza física, têm provocado cada vez mais o desmame precoce dos recém-nascidos e até mesmo o não oferecimento, por parte das mães, do leite materno.

Desta forma, na tentativa de compensar o bebê, os pais acabam exagerando na diversidade de tipos de alimentos, na maioria das vezes industrializados. Sendo assim, verificou-se que o não oferecimento do leite materno está provocando o surgimento de mais um fator que leva a criança a adquirir a obesidade. Esta doença metabólica deve ser evitada com a educação em saúde, por intermédio do enfermeiro que ao realizar o cuidado educativo junto às mães que aleitam, promovem mudanças comportamentais na família, com novos hábitos alimentares, e cria o propósito de excluir a vulnerabilidade da obesidade infantil, extensivo aos demais membros da casa, pois novos hábitos nutricionais são implantados. Portanto o enfermeiro é o profissional que possui possibilidades em praticar a educação em saúde alimentar, com o propósito de educar a puérpera no sentido de absorver costumes alimentares saudáveis na fase de amamentação (ARAUJO; BESERRA; CHAVES, 2006).

Além do exposto acima, desenvolver trabalho no sentido de promover a educação alimentar, na idade de infância é dever do profissional de enfermagem, por meio de palestras e atividades que visem à difusão do ato de praticar a alimentação, e demais hábitos saudáveis durante esta fase da vida, e a valorização do apoio familiar assim como os educadores, nesse processo (GLAGLIONE, 2004).

Diante disso, Bizzo e Leder (2005), afirmam que para deter o conceito de educação alimentar adequada é necessário ter conhecimento, a princípio, do ponto de vista das crianças acerca de alimentação saudável, para que a partir desses conceitos fazer adoção de estratégias visando conhecer os problemas e as crenças que conduzem a tais hábitos. É importante observar que somente a proibição de certos hábitos alimentares não surtirá o efeito desejável, é preciso conduzir a criança ao entendimento sobre o estado de saúde que ele está condicionado, sendo que a informação de forma adequada, levando-se em conta a faixa etária do indivíduo representa um dos principais pontos para que o mesmo tome posse do auto cuidado com a saúde.

Nota-se que nos últimos anos, no Brasil, a mídia tem investido na difusão da adoção de novas práticas alimentares e com isto é notado uma mobilização no sentido de adequar os hábitos alimentares. No entanto, cuidados devem ser observados quando for transmitir orientações acerca de alimentação saudável em especial quando referenciar-se a crianças, não devendo restringir-se exclusivamente a dietas nutricionais, mas preparar os pais para obterem os conhecimentos sobre práticas saudáveis, e a importância de refeições em família para ampliação dos vínculos familiares, e a construção de uma sabedoria alimentar (GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004).

Atento a essa dinâmica, o profissional de enfermagem na função de educador desempenha funções não somente na promoção da educação específica à criança e a família, ele deve focar a assistência em âmbito mais expressivo, ou seja, focar os olhares nas necessidades educacionais das comunidades. O auto-cuidado da população advém de comportamentos adquiridos na aprendizagem, desta forma vê-se aí a importância da atuação do enfermeiro em atribuir atenção maior nos aspectos da educação como forma de prevenção (SMELTZER; BARE, 2005).

Dessa forma ao enfermeiro cabe desenvolver atividades no sentido de promover a educação em saúde, visto que no âmbito do processo de ensino-aprendizagem objetiva-se a absorção de novos valores tanto nos aspectos que se referem a práticas de boa saúde, como aos socioeconômicos, culturais e religiosos, com reflexos diretos em melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2006).

No contexto da educação em saúde percebe-se que o enfermeiro é o elo central, assumindo o perfil de educador capaz de desenvolver atividades voltadas à orientação em saúde e a consequente prevenção de doenças. É de fundamental importância que o enfermeiro desenvolva a atuação de educador, socialize seu conhecimento nas diversas áreas de prevenção, oferte melhor qualidade de vida à população. Desta forma, as despesas direcionadas a procedimentos médicos certamente diminuirão, assim como a alta complexidade dos males, já que os mesmos foram interceptados precocemente, favorecendo o êxito no tratamento do paciente (CARVALHO et al.; 2004).

3.3 A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL

Estratégias que contemplem amenizar o quantitativo de crianças expostas aos principais fatores que desencadeiam a obesidade infantil foram elaboradas pelo Ministério da Saúde, por meio de avaliações e orientações sequenciais, por equipe de enfermagem, junto à criança e seus familiares com o objetivo de controlar, prevenir e promover vida saudável em especial no que diz respeito às doenças crônico-degenerativas em todos os estágios da vida (BRASIL, 2003).

Ao profissional de saúde são atribuídas significativas tarefas no tocante à prevenção da obesidade infantil, visto que sua função principal é a de cuidar. Desde o nascimento da criança até a fase adulta deve-se ter acompanhamento por profissional de enfermagem, no sentido de analisar o seu desenvolvimento, com avaliações periódicas de peso e altura, na perspectiva de averiguar e prevenir sobre patologias que são oriundas de associações promovidas pela alimentação inadequada. Desta forma, tomar conhecimento acerca de nutrição infantil está relativamente associado ao campo de atuação deste profissional (FERNANDES; VARGAS, 2007).

Ainda segundo os autores acima, a conscientização da família quanto à implementação de práticas voltadas à prevenção da obesidade infantil, com folderes educativos, vídeos, relatos, de forma a conscientizá-los acerca das causas e consequências do peso em excesso, orientá-los quanto à necessidade da fixação de horários para alimentar-se, cardápios que condizem com a oferta de boa alimentação, direcionar ações que visem promover saúde e melhor qualidade de vida, fazem parte das atribuições do enfermeiro junto ao meio familiar.

Araújo et al. (2006), defende a criação de estratégias no sentido de intervir no crescimento desordenado do número de crianças obesas, desta forma reduzir as altas taxas que esta doença assume. Dessa forma, o enfermeiro assume papel de significância suprema neste cenário, cabendo ao mesmo assumir a função de convocar os demais profissionais de saúde, buscando desenvolver atividades preventivas no intuito de sanar um problema que assume índices alarmantes entre as crianças, visto que o modelo biomédico não tem mostrado eficácia no combate à adiposidade infantil.

A avaliação nutricional efetivamente ocorre, quando o profissional desenvolve trabalho conjuntamente com a família, identifica comportamentos de risco no meio familiar, característica esta que define o papel do enfermeiro como investigador, que através de suas atividades, entre elas a visita domiciliar e a consulta de enfermagem, foca sua atuação no combate ao sedentarismo, práticas alimentares inadequadas, desmame precoce, superproteção dos filhos ou desentendimentos familiares. Torna-se possível a atuação do enfermeiro nestes parâmetros em face de sua facilidade em compreender esses comportamentos que surgem na família em que o mesmo está próximo.

Conforme Ferreira (2005), a importância de se proceder durante o atendimento com o devido exame físico completo, assim como a obtenção do histórico da criança para o diagnóstico de enfermagem, são ações relevantes na descoberta de possíveis causas relacionadas ao aumento de peso infantil.

O Ministério da Saúde ressalta que as crianças recebem interferências do meio em que vive, a cultura dos hábitos alimentares são elementos impactantes na culpabilização da obesidade. Indivíduos que habitam em lares que não há a cultura da prática de atividades físicas e a supervalorização da alimentação como promoção de atos sociais tendem a adquirir sobrepeso. Nestes ambientes cabe a orientação do profissional de enfermagem, com vistas a adequar mudanças em relação a esses hábitos, estando atento ao padrão socioeconômico familiar, para nortear suas orientações (BRASIL, 2006).

As dificuldades para se trabalhar em família existem e requer do profissional de enfermagem dedicação acentuada, com o propósito de conhecer sua realidade nos aspectos sócio-econômico e cultural, em que a mesma está inserida. Deve-se conhecer sua realidade, para obter êxito no entendimento da família com a intenção de superar os limites e obstáculos na concretização das metas. Portanto, a conduta diária das famílias diz respeito ao conhecimento do enfermeiro, pois cabe ao mesmo conduzi-la no sentido de implementar novos hábitos, atitude que provoca mudanças transversalmente no cotidiano dessa (WEIRICH; TAVARES; SILVA, 2004).

Cabe ao profissional de enfermagem, dentro do âmbito de sua atuação, destacar como de fundamental importância o estabelecimento de propostas no sentido de sempre orientar acerca dos riscos que a doença promove. O acompanhamento do desenvolvimento da criança é fator preponderante para o êxito nos resultados, impedindo assim que o mesmo adquira a doença (FERNANDES; VARGAS, 2007).

Gama et al. (2007) ressalta, ainda que a atenção de enfermagem na prevenção da obesidade infantil é de fundamental importância. O crescente índice de crianças obesas está diretamente associado a mudanças no modo de viver e principalmente atribuído ao sedentarismo, consumo de gorduras e açúcares. Baseando-se nessa afirmativa o enfermeiro deverá desenvolver ações voltadas à educação nutricional e consequentemente a prevenção, podendo minimizar o crescimento demasiado da população obesa no país, sendo primordial que se tome como ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, desde o nascimento.

4 CONCLUSÃO

Foi identificado que a elevação das taxas de obesidade infantil tem proporcionado o aumento de estudiosos nesse âmbito, entretanto a divulgação de pesquisas contendo informações que indiquem a atuação do profissional de enfermagem na prevenção dessa problemática ainda é pequena, necessitando assim, o despertamento da categoria para a produção científica a fim de demonstrar as estratégias utilizadas por esse profissional para a prevenção de tal doença, que afeta tantas crianças e configura-se como um importante problema de saúde pública. O entendimento deste pensamento poderá favorecer na ampliação do número de profissionais de enfermagem, voltados a disponibilizar seus conhecimentos na prática de ações no sentido de mudar esse quadro.

As pesquisas mostraram que a prevenção da obesidade infantil é de fundamental importância, tendo em vista ser um mal que apresenta alta potencialidade como fator causador de doenças crônico-degenerativas.

Assim sendo, há necessidade do desempenho de ações como campanhas, projetos, teatros que enfoquem o assunto da boa alimentação, assim como a aquisição de práticas esportivas, o abandono do sedentarismo, no sentido de prevenir esse mal e consequentemente amenizar a progressão do número de crianças com peso de adultos e evitar as respectivas complicações de saúde. A adequação da cultura alimentar no seio familiar, ações voltadas à educação nutricional são atitudes que assumem potencial relevância na prevenção, evitará crescimento demasiado da população obesa no país, visto que seja essencial que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, desde o nascimento, já que o indivíduo quando é estimulado a práticas educacionais desde sua infância, oferece maiores possibilidades de absorção das mesmas.

Portanto a família é o primeiro educador nutricional, assim como vigilante das práticas alimentares da criança. Desta forma deve ser estabelecida a cultura do enfermeiro em realizar visitas periódicas nos lares, no intuito de oferecer suporte técnico quanto às maneiras saudáveis de alimentação, com o objetivo de evitar que as crianças adquiram sobrepeso. Não deveriam esperar que esta o procurasse na unidade básica de saúde, mas sim realizar estratégias de abordagens e ações preventivas através de programas comunitários em centros comunitários de saúde, juntamente com a família, em creches, com os educadores e merendeiras, assim como, com os professores nas escolas, com o propósito de realizar parcerias com os mesmos, na tentativa de minimizar os problemas naqueles indivíduos que já se encontram acima do peso e/ou realizar a prevenção primária e a devida promoção da saúde da comunidade que por ele é assistida.

Notou-se que o profissional de enfermagem é uma pessoa dotada de possibilidades no sentido de evitar que essa problemática prevaleça na fase adulta. Para isso, deve-se atuar com atividades preventivas conjuntamente com a família, no propósito de implementar parcerias com os membros da mesma, voltadas à aquisição de saudáveis hábitos alimentares.

5 REFERÊNCIAS

1 ARAUJO, M. F. M.; BESERRA, E. P.; CHAVES, E. S. O papel da amamentação ineficaz na gênese da obesidade infantil: um aspecto para a investigação de enfermagem. Acta paul. enferm. vol.19, n.4, 2006.

2 ARAÚJO, M. F. M.; PINHEIRO, E. B.; ARAUJO, T. M.; MOURA, A. Obesidade infantil: uma reflexão sobre dinâmica familiar numa visão etnográfica. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 7, n. 1, p. 103-108, abr. 2006.

3 BARROSO, M. G. T.; VIEIRA, N. F. C.; VAREA, Z. M. V. Educação em Saúde: no contexto da promoção humana. Fortaleza/CE: Edições Demócrito Rocha, 2003.

4 BIZZO, M. L. G.; LEDER, L. Educação nutricional nos parâmetros curriculares nacionais para o ensino fundamental. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n.5 p. 661-667, set./out. 2005.

5 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretarias de políticas de saúde. Departamento de Atenção Básica. Política Nacional de Alimentação e Nutrição, Brasília: Ministério da Saúde, 2003.

6 BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação geral da política de alimentação e nutrição. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

7 ___________. Ministério da Saúde. Alimentação e nutrição para as famílias do programa bolsa família. Manual para os Agentes Comunitários de Saúde. Série A Normas e Manuais Técnicos. Brasília/DF. 2007.

8 ___________. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Básica à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Obesidade. Cadernos de Atenção Básica, n. 12 Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília, 2006.

9 CARVALHO, S. R. Os múltiplos sentidos da categoria “empowerment” no projeto de Promoção à Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 4, p. 108- 105, jul./ago. 2004.

10 CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia de pesquisa científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

11 CORSO, A. C. T.; BOTELHO, L. J.; ZENI, L. A. Z. R.; MOREIRA, E. A. M. Sobrepeso em crianças menores de 6 anos em Florianópolis, SC. Revista de Nutrição, Campinas, SP, v. 16, n. 1, p. 21-28, jan./mar. 2003.

12 DE LAVOR, A. A alimentação no Brasil: um padrão bem pouco saudável. Rev RADIS Comunicação em Saúde, Rio de Janeiro, n. 56, p. 18-24, abr. 2007.

13 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA). Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

14 FERNANDES, R. A.; VARGAS, S. A. O cuidado de enfermagem na obesidade infantil. Revista Meio Ambiente e Saúde, Munhuaçu, v. 2, n. 1, mai./jul. 2007.

15 FERREIRA, J. P. Diagnóstico e tratamento. Editora: Artmed. Porto Alegre, p. 161-165, 2005.

16 GAGLIONE, C. P. Alimentação no segundo ano de vida, pré-escolar e escolar. In: LOPEZ, F. A. Nutrição e dietética em clínica pediátrica. São Paulo: Atheneu, 2004. p. 61-72.

17 GAMA, S. R.; CARVALHO, M. S.; CHAVES, C. R. M. M. Prevalência em crianças de fatores de risco para doenças cardiovasculares. Caderno de Saúde Pública, v. 23, n. 9, p. 2239-2245, set. 2007.

18 GIUGLIANE, R.; CARNEIRO, E. Fatores associados à obesidade em escolares. Jornal de Pediatria, Rio de Janeiro, v. 80, n. 1, p. 17-22, 2004.

19 LEVY-COSTA, R. B.; SICHIERI, R.; PONTES, N. S.; ONTEIRO, C. A. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil: distribuição e evolução (1974-2003). Revista de Saúde Pública, 2005, 39, p. 530-40.

20 MAHAN, L. K.; STUMP, S. S. Alimentos, Nutrição & Dietoterapia. 11. ed. São Paulo: Roca, 2005.

21 MONTEIRO, P.; VICTORA, C.; BARROS, F. Fatores de risco sociais, familiares e comportamentais para a obesidade em adolescentes. Revista Panamericana de Saúde Pública, São Paulo, v. 16, p. 250-257. 2004

22 MELLO, E. D. de; LUFT, V. C. e MEYER, F. Obesidade infantil: como podemos ser eficazes?. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2004, vol.80, n.3, pp. 173-182. ISSN 0021-7557. doi: 10.1590/S0021-75572004000400004.

23 MENDES, M. J. F. L.; ALVES, J. G. B. ALVES, A. V.; SIQUEIRA, P. P.; FREIRE, E. F. C. Associação de fatores de risco para doenças cardiovasculares em adolescentes e seus pais. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 2006, p. 49-54.

24 NETTINA, S. M. Práticas de Enfermagem. 7º Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

25 OLIVEIRA, C. L.; FISBERG, M. Obesidade na infância e adolescência: uma verdadeira epidemia. Arq Bras Endocrinol Metab v. 47, n.2, abril, 2003.

26 ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE (OPAS); ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2003.

27 PANDOLFI, D.; COSTA, V. M. B. Perfil de obesidade em crianças e adolescentes do Colégio Cristo Rei. 2008. 47f. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Bacharel em Farmácia). Faculdade Ciências Aplicadas “Sagrado Coração”, Linhares, 2008.

28 PHILIPPI, S.T. “Estabelecimento e formação de bons hábitos alimentares para a promoção de uma qualidade de vida saudável”. In: Curso de Nutrição com ênfase em educação alimentar para educadores da rede pública municipal. São Paulo, Prefeitura da cidade de São Paulo, 2006 p. 126 -139.

29 ROTENBERG, S. ; DE VARGAS, S. Práticas alimentares e o cuidado da saúde: da alimentação da criança à alimentação da família. Rev Brás Saúde Mater Infant, recife, v. n. 1, p. 85 – 94, jan/mar. 2004.

30 SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica: Tradução de Brunner e Suddarth. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

31 SPADA, P. V. Obesidade infantil – aspectos emocionais e vínculo mãe/filho. Rio de Janeiro/RJ: revinter, 2005.

32 TADDEI, J. A. A. C. Desvios nutricionais em menores de cinco anos: evidências dos inquéritos antropométricos nacionais [tese de livre-docência]. São Paulo: Escola Paulista de Medicina; 2000

33 WEIRICHI, C. F.; TAVARES, J. B.; SILVA, K.S. O cuidado de enfermagem à família: um estudo bibliográfico. Rev Elet de Enferm, v. 6, n. 2, 2004.

34 WERNET, M.; ÂNGELO, M. Mobilizando-se para a família: dando um novo sentido à família e ao cuidar. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v. 37, n. 1, p. 19-25, 2003.

35 ZEFERINO, A. M. B. et al. Acompanhamento do crescimento. Jornal Pediat, Rio de Janeiro, v. 79 (Supl. 1), maio, 2003.

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Enfermeiros lotam Câmara dos Deputados


Enfermeiros lotam Câmara dos Deputados

Brasília - A pedido do deputado federal Mauro Nazif (PSB-RO), a Câmara realizou audiência pública para discutir a redução da jornada de trabalho para a profissão de enfermagem. O debate teve como base os Projetos de Lei 1891/07, de autoria do socialista, o 2392/07, e o 2295/00, do Senado, apensados, que estipulam em 30 horas semanais a jornada de trabalho desses profissionais.


Durante a primeira parte do encontro, diversos deputados e senadores se revezaram na composição da Mesa para manifestar o apoio ao movimento que reuniu, por toda a Casa, cerca de 2 mil pessoas, entre profissionais e representantes de entidades públicas e sindicais.

O presidente da Câmara, Michel Temer, abriu a audiência dizendo do seu apoio à luta dessa classe “que lida, diariamente, com as mazelas da população”. Ao falar do livre acesso que os manifestantes tiveram no Parlamento, Temer pediu para que todos “trabalhem no sentido de informar a opinião pública de que este Poder é fundamental para a democracia”.

O deputado Mauro Nazif ressaltou a necessidade de se valorizar o profissional de enfermagem que, segundo ele [médico conhecedor do trabalho desenvolvido pelo enfermeiro], exerce um papel muito importante no trabalho dos hospitais e centros de saúde de todo o país. “É preciso melhorar as condições desse trabalhador que sofre pressões físicas e psíquicas no exercício de sua profissão”.

Nazif também destacou que os benefícios da jornada de trabalho de 30 horas não ficarão restritos aos profissionais. “Melhorando as condições de trabalho, iremos beneficiar também o paciente, que terá ao seu dispor um profissional com plena capacidade física e mental para melhor atendê-lo”.

O presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Manoel Neri, explicou que a profissão é muito estressante e há jornadas de trabalho noturnas. Neri ainda lembrou que a jornada de médicos é menor do que a de enfermeiros - atualmente de 40 horas no serviço público e de 44 horas na iniciativa privada.

Manifestação - Completamente lotado, o auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, foi palco de uma manifestação popular que, segundo os deputados, há muito tempo não acontecia. Munidos de faixas, apitos, bandeiras, balões e camisetas, os participantes se exaltavam a cada apoio declarado pelos deputados. Para a representante do Conselho de Enfermagem de Santa Catarina, Renata dos Santos, o encontro vai ficar marcado por reunir profissionais e parlamentares em torno de um debate tão importante e necessário para os profissionais de enfermagem. Ela afirmou, ainda, que a sobrecarga de trabalho pode acarretar problemas no atendimento. “A redução da jornada é fundamental para que nós tenhamos condições de realizar um trabalho bem feito e, também, para que nós possamos cuidar da nossa própria saúde, já que sofremos, diariamente, pressões físicas e psicológicas”.

Autor: Carlos Terceiro
Fonte: NA HORA OnLINE
Um sujeito estava no bar e quando olhou para o
relógio começou a ficar desesperado ...

*Meu Deus já deu meia noite e eu tô aqui ainda
!!! Minha mulher vai me
matar por chegar bêbado em casa à uma hora dessas.

Então o amigo já experiente no assunto de chegar
tarde , deu o seguinte
conselho:
Faz como eu faço com minha patroa; chega de
mansinho, tira os sapatos e
entra no quarto sem fazer barulho.
Aí vai para debaixo do cobertor e, tirando a
parte de baixo do pijama dela, cai
de boca, faz um oral pra ela delicioso.
Quando você terminar ela vai estar feliz e
cansada, então vai virar pro lado e
não vai nem notar o horário e nem falar que você
chegou tarde, além de ficar
super contente no dia seguinte.
Então o cara foi pra casa... Entrou
devagarzinho... Abriu a porta do quarto sem
fazer barulho... Se dirigiu à cama e se meteu
debaixo do lençol.
Subiu o vestido do pijama e caiu de boca... Se
atracou com a mulher e deixou ela
louca.
Ela gemeu baixinho, e de repente adormeceu.
Crente do bom trabalho que tinha
feito e feliz sabendo que não ia apanhar, foi ao
banheiro tomar um banho...

Quando chegou lá, viu um bilhete pendurado no
espelho...

'QUERIDO, NÃO FAÇA BARULHO, POIS A MAMÃE VEIO NOS
VISITAR E ESTÁ DORMINDO
EM NOSSA CAMA !! QUANDO CHEGAR VÁ DORMIR COMIGO
NO QUARTO DAS CRIANÇAS '


Fisiologia do Sistema Límbico

SISTEMA LÍMBICO Conceito: É um sistema em forma de anel cortical, contínuo, que contorna as formações inter hemisféricas. Está relacionado fundamentalmente com a regulação dos processos Emocionais e do Sistema Nervoso Autônomo. Foi considerado por Broca (1878) como lobo independente. Localização: Face medial do hemisfério cerebral, margeando o corpo caloso. Componentes do Sistema Límbico: Componentes Corticais Formado por: Giro do Cíngulo: Contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo ístimo do giro do cíngulo. Giro Para-hipocampal: Situa-se na face inferior do lobo temporal. Hipocampo: Eminência alongada e curva que no homem situa-se no assoalho do corno inferior dos ventrículos laterais, acima do giro para-hipocampal. Componentes Subcorticais Formado por: Corpo Amigdalóide: Também chamado núcleo amigdalóide. É um dos núcleos da base. Situa-se no lobo temporal, próximo ao úncus. Área Septal: Situada abaixo do rosto do corpo caloso, anteriormente à lâmina terminal e à comissura anterior. A área septal tem conexões extremamente amplas e complexas, destacando-se suas projeções para o hipotálamo e para a formação reticular. Núcleos Mamilares: Pertencem ao hipotálamo e situam-se nos corpos mamilares. Núcleos Anteriores do Tálamo: situam-se no tubérculo anterior do tálamo Núcleos Habenulares: Situam-se nos trígonos habenulares. Recebem fibras do mesencáfalo. Conexões do Sistema Límbico: Apesar das modernas técnicas de pesquisa neuroanatômica, não se conhece ainda o significado funcional de grande parte dessas conexões que são: conexões extrínsecas e intrínsecas. Conexões Intrínsecas Os diversos componentes do Sistema límbico mantêm entre si numerosas e complexas intercomunicações, sendo a mais conhecida o circuito de Papez. Este é um circuito fechado que representa a direção predominante dos impulsos nervosos: hipocampo→ fórnix → corpo mamilar→ fascículo mamilo-talâmico→ núcleos anteriores do tálamo→ cápsula interna→ giro do cíngulo→ giro para-hipocampal→ hipocampo, fechando o circuito. Este circuito é importante no mecanismo das emoções e memória. Conexões Extrínsecas As estruturas do Sistema límbico têm amplas conexões com diversos setores do SNC e podem ser: Conexões Aferentes As informações sensoriais (visuais, auditivas, olfatórias ou somestésicas) penetram no SL por vias que chegam ao giro para-hipocampal passando ao hipocampo e assim ao circuito de Papez. Conexões Eferentes Desencadeia o componente periférico e expressivo dos processos emocionais e controlam ao mesmo tempo a atividade do SNA. O hipotálamo é o principal braço executivo do SL. As conexões com a formação reticular do mesencéfalo se fazem através de três sistemas de fibras: feixe prosencefálico medial, fascículo mamilo-tegumentar e estria medular. Funções do SL Função principal: regular os processos emocionais. Intimamente relacionado com estas funções temos: Regular o SNA Regular processos motivacionais essenciais à sobrevivência da espécie e do indivíduo (fome, sede, sexo) Função secundária: alguns componentes do SL se relacionam ao mecanismo da memória e aprendizagem e participam da regulação do sistema endócrino. Manifestações Clínicas Síndrome de Klüver e Bucy: Foi feita uma ablação bilateral da parte anterior dos lobos temporais em macacos Rhesus, lesando estruturas do SL como hipocampo, giro para-hipocampal e corpo amigdalóide resultando: Domesticação completa dos animais que usualmente eram selvagens e agressivos; Perversão do apetite (comem coisas que nunca comiam); Agnosia visual – incapacidade de reconhecer objetos ou mesmo animais que antes causavam medo; Tendência oral manifestada Tendência hipersexual Estes sintomas já foram diagnosticados em homens que realizaram a ablação do lobo temporal para tratamento de formas agressivas de epilepsia. A docilidade, as tendências orais e a hipersexualidade resultam da destruição bilateral do corpo amigdalóide. Estudos em humanos sugerem que as conexões do TE com a região septal podem ser modificadas por medicamentos antipsicóticos e que a área septal e as áreas a que está conectada, podem estar envolvidas na euforia associada ao uso de narcóticos. Além disso, foi relatada evidência clínica recente de atividade sexual acentuadamente aumentada em pacientes masculinos idosos após lesão septal. Estimulação na Área Septal causam alterações na pressão arterial e no ritmo respiratório, mostrando seu papel na regulação das atividades viscerais. A área septal é um dos centros do prazer no cérebro. Lesões ou Estimulação no Corpo Amigdalóide em animais resultaram em alterações do comportamento alimentar (afagias e hiperfagias) ou das atividades das vísceras – semelhante quando feitos no hipotálamo. Também no homem lesões bilaterais do corpo amigdalóide resultam em considerável diminuição da excitabilidade emocional de indivíduos portadores de distúrbios de comportamento – agressividade. Ablação do Giro do Cíngulo (cingulectomia) em carnívoros selvagens domestica completamente o animal. Este procedimento já foi realizado no homem no tratamento de psicóticos agressivos. A cingulectomia interrompe o circuito de Papez podendo melhorar graves problemas de depressão e ansiedade. O hipocampo é importante na regulação do comportamento emocional e no fenômeno da memória. Lesões no corpo amigdalóide associado com a remoção do hipocampo causa síndrome amnésica. Síndrome de Korsakoff: amnésia decorrente da degeneração dos corpos mamilares em conseqüência do alcoolismo crônico e da deficiência nutricional. É caracterizada por perda da memória recente e por tendência a fabricar relatos falsos de eventos recentes. Mal de Alzheimer: perda gradual da memória recente, chegando a amnésia total. Ocorre em pacientes com idade inferior a 65 anos. A causa principal é a degeneração seletiva de dois grupos de neurônios do SL (um grupo localizado no hipocampo e outro no giro para-hipocampal).

A ilha dos sentimentos

Era uma vez uma ilha, onde moravam todos os sentimentos: a Alegria, a Tristeza, a Sabedoria e todos os outros sentimentos. Por fim o amor. Mas, um dia, foi avisado aos moradores que aquela ilha iria afundar. Todos os sentimentos apressaram-se para sair da ilha.
Pegaram seus barcos e partiram. Mas o amor ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha, antes que ela afundasse. Quando, por fim, estava quase se afogando, o Amor começou a pedir ajuda. Nesse momento estava passando a Riqueza, em um lindo barco. O Amor disse:
- Riqueza, leve-me com você.
- Não posso. Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.
Ele pediu ajuda a Vaidade, que também vinha passando.
- Vaidade, por favor, me ajude.
- Não posso te ajudar, Amor, você esta todo molhado e poderia estragar meu barco novo.
Então, o amor pediu ajuda a Tristeza.
- Tristeza, leve-me com você.
- Ah! Amor, estou tão triste, que prefiro ir sozinha.
Também passou a Alegria, mas ela estava tão alegre que nem ouviu o amor chamá-la.
Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando ouviu uma voz chamar:
- Vem Amor, eu levo você!
Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz que esqueceu-se de perguntar o nome do velhinho. Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a Sabedoria.
- Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
A Sabedoria respondeu:
- Era o TEMPO.
- O Tempo? Mas porque só o Tempo me trouxe?
- Porque só o Tempo é capaz de entender o "AMOR"."

Reinilson Câmara

Movimento 30 horas já

Movimento 30 horas já

Amizade verdadeira


Qualquer um pode ficar ao teu lado quando tu estás certo,
mas um amigo verdadeiro permanece ao teu lado mesmo quando tu estás errado...

Um simples amigo se identifica quando ele te liga.
Um amigo verdadeiro não precisa, pois vocês conhecem suas vozes.

Um simples amigo inicia uma conversa com um boletim de novidades sobre a própria vida.
Um verdadeiro amigo diz: "O que há de novo sobre ti ?"

Um simples amigo acha que os problemas pelos quais tu estás te queixando são recentes.
Um amigo verdadeiro diz: " Tu tens te queixado sobre a mesma coisa pelos últimos quatorze anos! Sai do marasmo e faça algo sobre isto."

Um simples amigo nunca o viu chorar.
Um verdadeiro amigo tem seus ombros encharcados por tuas lágrimas.

Um simples amigo traz uma garrafa de vinho para a sua festa.
Um amigo verdadeiro chega mais cedo para ajudá-lo a cozinhar e fica até mais tarde para auxiliá-lo na limpeza.

Um simples amigo odeia quando tu ligas após ele já ter ido para a cama.
Um verdadeiro amigo te pergunta porque demorou tanto para ligar.

Um simples amigo procura conversar contigo.
Um verdadeiro amigo ajuda-te a resolver teus problemas.

Um simples amigo, quando o visita, age como um convidado.
Um verdadeiro amigo abre tua geladeira e se serve.

Um simples amigo acha que a amizade terminou quando vocês tem uma discussão.
Um verdadeiro amigo sabe que não existe uma amizade enquanto vocês não tiverem uma divergência.

Um simples amigo espera que tu sempre estejas por perto quando ele precisar.
Um verdadeiro amigo espera estar sempre por perto quando tu precisares dele.

Quem dá sentido as palavras é quem as ouve e não quem as diz.

Enfermagem 30 horas já

Enfermagem 30 horas já

Espírito Santo na luta pelas 30 horas já

Espírito Santo na luta pelas 30 horas já

IMAGENS DAS INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM REALIZADAS PELOS ACADÊMICOS DA UNILINHARES

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