Luzimar Alves Damasceno
RESUMO
Denomina-se obesidade o acúmulo excessivo de células de gordura no corpo. No Brasil, o número de casos de pessoas com sobrepeso e obesidade vem se revelando como um dado preocupante. Diante da problemática obesidade infantil e o desejo de saber como o enfermeiro através de sua atuação profissional poderia contribuir na prevenção da obesidade infantil, surgiu a vontade de se realizar essa pesquisa. Os objetivos que nortearam este estudo: analisar o papel do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil; avaliar a influência dos pais na relação com a obesidade infantil; e identificar os benefícios da educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil. Trata-se de um levantamento bibliográfico de caráter retrospectivo com recorte temporal de janeiro de
Descritores: Obesidade Infantil. Educação. Saúde. Prevenção. Família. Enfermeiro.
ABSTRACT
Obesity is called the excessive accumulation of fat cells on the body. In brazil, the number of people with overweight and obesity is becoming a disturbing fact. Facing childhood obesity and the wish to know how a nurse could help on its prevention, came the idea to make this research . The objectives that guided this study: analyse the roll of a professional nurse on childhood obesity prevention, evaluate the influence of parents on dealing with childhood obesity, identify the benefits of health education as a nurse care on childhood obesity prevention. It refers to a bibliographic survey of retrospective features, refering to the period of january 2003 up to december 2008 aiming to analyse the roll of a nurse on childhood obesity prevention, and other aspects that could influence on the prevalence of this problematic. It was identified that the family represents the first guide on alimentation for infants. To the professional nurse are given very significative tasks on preventing childhood obesity, it's main function is to take care. From the birth up to becoming an adult it should be attended by a nurse , in order to have its growth supervised, to investigate and prevent illnesses and diseases, derived from associations promoted by unhealth eating habits. It has been noticed that the professional nurse is a person able to avoid that this problematic should prevail after being an adult.
Describers: childhood obesity. Education. Health. Prevention. Family. Nurse.
1 INTRODUÇÃO
Conceitua-se obesidade o acúmulo excessivo de células de gordura no corpo. Sendo considerada uma doença de origem multifatorial, pois pode estar correlacionada a hábitos de vida, fatores biológicos, ambientais e emocionais. Segundo Nettina (2003, p. 651) “[...] a obesidade é uma abundância exagerada das gorduras corporais, resultando em peso corporal de 20% ou mais acima do peso médio para a idade, altura, sexo e estatura corporal da pessoa”.
Sabe-se ainda que a obesidade é uma doença metabólica, de prevalência crescente, agravada pela exposição dos indivíduos propensos à fenômenos comportamentais, culturais, sociais e econômicos, associados a fatores demográficos (sexo, idade e raça) e ao sedentarismo (BRASIL, 2007).
Pesquisas apontam um aumento crucial na prevalência da obesidade infantil, nas últimas décadas, sendo caracterizada como uma epidemia mundial. As tendências de transição nutricional ocorridas neste século direcionam para uma dieta mais ocidentalizada, a qual, aliada, à diminuição progressiva da atividade física especialmente pelas crianças, converge para o aumento de casos de obesidade infantil em todo o mundo, tornando-se um grande desafio para os pesquisadores da área de saúde (OLIVEIRA; FISBERG, 2003).
Pesquisas de âmbito mundial apontam números alarmantes de crianças obesas com menos de cinco anos, estima-se uma população em torno de 17,6 milhões. As principais causas do problema são o consumo crescente de dietas com alta densidade energética, ricas em gorduras saturadas e açúcares, além do sedentarismo. A obesidade e o excesso de peso são fatores relevantes para aquisição de doenças crônico-degenerativas como hipertensão arterial sistêmica, diabete tipo II, acidente vascular cerebral, cardiopatias, hipotireoidismo, hipercolesterololemia, hipertriglicedemia, hiperinsulinemia, dentre outras moléstias, as quais já são observadas nessa faixa etária (OPAS; OMS, 2003).
Pesquisas realizadas com crianças no Brasil mostram que, estas apresentam maior prevalência de excesso de peso, com idade inferior a 10 anos, e são em sua maioria, aquelas que vivem em famílias de classe média e alta, no entanto registra-se crescimento acentuado em crianças pobres. Aponta-se ainda a estimativa de já existirem cerca de três milhões de crianças com excesso de peso, sendo que, a má alimentação tem representatividade de 95% nesses casos e apenas 5% originados de causas endógenas (CORSO et al., 2003).
É importante ressaltar que o ambiente familiar tem significativa representação, entre a combinação de fatores associados, que desencadeiam a obesidade. A alimentação rápida “fast-foods”, pobre em fibras e repleta de calorias é o carro chefe que conduz a pessoa a adquirir excesso de peso. O sedentarismo e a própria obesidade, tendem a conduzir a criança a ficar cada vez mais obesa, assim, contribuindo para o aumento da obesidade infantil, e o sedentarismo (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
Diante da problemática obesidade infantil e o desejo de saber como o enfermeiro através de sua atuação profissional poderia efetivamente contribuir na prevenção da obesidade infantil, junto ao âmbito familiar e atendimento à criança, surgiu a vontade de se realizar essa pesquisa. Conforme a perspectiva apresentada definiu-se os seguintes objetivos que nortearam este estudo: analisar o papel do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil; avaliar a influência dos pais no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil e identificar os benefícios da educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil.
2 METODOLOGIA
Trata-se de um levantamento bibliográfico de caráter retrospectivo, que segundo Cervo; Bervian e Silva (2007), são estudos que visam conduzir o pesquisador a apreciar e analisar as contribuições científicas do passado sobre determinado assunto ou temática. Empregou-se um recorte temporal de janeiro de
Selecionou-se como descritores na busca aos artigos online, os termos: obesidade infantil, educação em saúde, prevenção, papel da família e papel do enfermeiro.
A busca seletiva dos trabalhos científicos teve como preocupação a observância de critérios de inclusão e exclusão mostrados a seguir:
Critérios de inclusão: estudos científicos publicados no Brasil, e em língua Portuguesa, durante o período de janeiro de
Critérios de exclusão: Artigos científicos, TCC, Teses e Dissertações em idiomas diferenciados do português, publicadas antes de janeiro de 2003 e posterior a dezembro de 2008, com levantamento da população ou amostragem não correspondente à estudada e/ou fora do assunto em estudo, não disponibilizado no Brasil de forma integral ou por via eletrônica (internet).
Além dos critérios observados acima, para padronização da pesquisa, considerou-se criança indivíduos com idade inferior a 12 anos, como preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei n. 8.069 de 13 de julho de 1990, em seu art. 2º.
Utilizando os descritores foram encontrados vários artigos, sendo selecionados 24 deles por estarem disponíveis de forma completa na rede eletrônica, além da facilidade no acesso. Após o processo de seleção, procedeu-se uma minuciosa e exaustiva leitura destes artigos, e posteriormente realizou-se a análise das ideias identificadas.
Os artigos, livros, periódicos, e as demais obras utilizadas na pesquisa, foram agrupadas com vistas à identificação do ano de lançamento e/ou publicação, a origem e os elementos do estudo, e a clientela estudada. A análise das informações obtidas das referidas obras permitiram a categorização dos dados coletados na tríade temática a seguir: a influência da família no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil; a educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil e; a atuação do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A busca por artigos relacionados à pesquisa possibilitou o conhecimento de conceitos envolvendo o assunto obesidade infantil. Na Tabela 1 serão evidenciados os artigos encontrados utilizando os descritores.
Tabela 1 - Amostra dos resultados encontrados utilizando os descritores
DESCRITORES | LILACS | SciELO | BDENF | CAPES/MEC |
OBESIDADE INFANTIL | 169 | 52 | 01 | 25 |
EDUCAÇÃO EM SAÚDE | 455 | 175 | 06 | 12 |
PREVENÇÃO | 7.999 | 2572 | 698 | 42 |
PAPEL DA FAMÍLIA | 736 | 206 | 118 | 53 |
PAPEL DO ENFERMEIRO | 345 | 66 | 282 | 01 |
Fonte: Rede Internacional de Computadores (2009).
Para a elaboração do presente trabalho realizou-se o refinamento das pesquisas encontradas nos bancos de dados acima citados, utilizando-se especificamente apenas 24 publicações, conforme se apresenta na tabela abaixo:
Tabela 2 – Amostra dos artigos selecionados publicados no período de janeiro de
ANO | ARTIGOS INDEXADOS | BASE DE DADOS |
2008 | 1 1 3 | LILACS CAPES/MEC SciELO |
2007 | 2 1 1 1 | SciELO BDENF LILACS CAPES/MEC |
2006 | 2 2 1 | SciELO BDENF CAPES/MEC |
2005 | 2 | CAPES/MEC |
2004 | 2 1 2 | SciELO LILACS CAPES/MEC |
2003 | 1 1 | LILACS BDENF |
TOTAL | 24 | |
Fonte: LILACS, SciELO, BDENF, CAPES/MEC e REVISTAS.
Entre os artigos selecionados, foram analisados textos que contivessem dados sobre orientações preventivas, promoção, educação em saúde e cuidado de enfermagem, assim como dados históricos, social e cultural, relacionada à obesidade infantil. Além dos artigos, também serviram de fontes referenciais, livros (6), periódicos (2), TCC (1) Lei (1) e tese (1).
A análise exaustiva das fontes científicas possibilitou a categorização das informações coletadas, em três temas principais, que serão discutidos a seguir, e são eles: a influência da família no estilo de vida dos filhos e sua relação com a obesidade infantil; a educação em saúde como um cuidado de enfermagem na prevenção da obesidade infantil e; a atuação do enfermeiro na prevenção da obesidade infantil.
Na concepção de Spada (2005), a família na sua essência, se torna o primeiro educador em alimentação para as crianças, e o fator que provoca atenção no meio familiar é a quantidade de alimentos e não sua composição. Promover o padrão de hábitos alimentares saudáveis é muitas vezes esquecido, atribuindo ênfase na quantidade no lugar da qualidade. As práticas sociais promovem a aprendizagem quanto à cultura alimentar, desta forma, possuidora desses conhecimentos adquiridos no meio social, os familiares transmitem essa aprendizagem, tornando-se assim os primeiros educadores nutricionais, desenvolvendo uma tarefa de suma importância na vida da criança.
Entende-se que o processo de bons hábitos alimentares deve abranger toda a família, já que os adultos servem de exemplo para as crianças. Significa que quando os pais demonstram hábitos alimentares saudáveis influencia a conduta alimentar de seus filhos de forma positiva e duradoura. Ressaltando que há um desafio em promover uma alimentação benéfica, pois esta se trata de mudança de hábitos alimentares (PANDOLFI; COSTA, 2008).
Neste contexto, atribui-se à família o compromisso de formar a cultura alimentar da criança, de forma a criar uma gama de possibilidades para que ela adquira suas preferências alimentares. Rotenberg e Vargas (2004) defendem que o momento de alimentar-se assim como o de comer está em níveis mais elevados que a simples função do ato biológico enquadra-se basicamente na seleção, o consumo, o ritual da preparação das refeições, a distribuição, a digestão do alimento, enfim uma combinação de fatores culturais que envolvem todo esse processo.
Os autores relatam ainda que em função do nível da idade do indivíduo criam-se tipos de alimentação diferenciados, no sentido de atender a recomendações diversas, assim como proibições, de acordo com as composições dos alimentos dispostos para a ingestão. Neste caso, com o propósito de enquadrar-se de acordo com o estado de saúde da criança e dos vínculos sociais em que o mesmo está inserido, a família possui um papel fundamental na introdução e manutenção desses alimentos na dieta da criança (ROTENBERG; VARGAS, 2004).
Estudos realizados por Corso et al. (2003), no município de Florianópolis Santa Catarina, direcionados à análise da prevalência de sobrepeso em crianças com idade abaixo dos seis anos de vida, comparados com os desenvolvidos por Taddei (2000), apresentam, em ação comparativa que a transição nutricional nas regiões Sul e Sudeste sofreu aumento considerado relacionado às outras regiões (CORSO et al., 2003).
A denominação transição nutricional provém através da modificação de hábitos nutricionais, representados pela substituição de alimentos tradicionais por outros de procedência industrializada, hipercalóricos e pobres em nutrientes, prática comum em países em desenvolvimento (DE LAVOR, 2007). No âmbito familiar, esta transição poderá trazer grandes consequências para a saúde da criança e dos demais membros da família, pois é nesse meio que se constroem os bons e os maus hábitos, e nesse caso, uma alimentação desequilibrada poderá condicionar a família a uma hereditariedade de obesidade e fatalmente outras doenças relacionadas, como as crônico-degenerativas (DE LAVOR, 2007).
3.1.1 A Família como Promotora da Saúde
Sabe-se que a família é um grupo de pessoas em que podem ou não ter vínculos de consanguíneos ou caracterizados pela legalidade civil. Cada família possui uma forma particular de interação entre os membros, com o propósito milenar da preservação do bem-estar de seus membros (WERNET; ANGELO, 2003).
Em função de ser a vida humana formada por fases distintas, cabe à família oferecer condições propícias para que a criança evolua em sua trajetória, com o máximo de saúde. Neste momento crucial de crescimento do ser, é de fundamental importância que os membros familiares entendam essas fases, no sentido de propiciar condições para que o desenvolvimento do mesmo seja coberto de êxito. Neste caso, Zeferino et al. (2003) acrescentam que deve-se ter sempre em mente de que o primeiro ano de vida da criança oferece o máximo de atenção, por ser nesse período que o tecido adiposo se desenvolve, e pelo fato de a família sempre achar que criança gorducha é sinônimo de saúde.
Esta cultura de criança gorda deve-se banir e proporcionar a esta uma alimentação sadia. Sendo assim, os pais precisam ficar atentos quanto à conduta alimentar de seu filho e proporcionar um cardápio estabelecendo horários, tipos e quantidades dos alimentos desejáveis; não obrigá-las a comer tudo, e sim, deixá-las a ter seu próprio limite (MAHAN; STUMP, 2005).
Nesse contexto atribui-se à família, a responsabilidade de conduzir a criança a padrões alimentares saudáveis, no sentido de promover o crescimento adequado. Além disso, os pais deveriam ter a concepção de que a alimentação de uma criança deve ser relacionada a muito diálogo, esclarecendo as vantagens de uma alimentação balanceada e saudável. Sendo assim, não se deve constringir a criança à mesa brigando ou criticando-a, para que ela não venha descontar suas frustrações ao se alimentar. E sim, elogiando e relembrando os bons hábitos alimentares (FERNANDES; VARGAS, 2007).
Se por um lado afirma-se que a família é responsável na promoção da boa saúde aos membros, Mendes e colaboradores (2006) desenvolveram estudos sobre a agregação familiar de fatores de risco para doenças cardiovasculares, em que demonstram que o excesso de peso, a obesidade, o sedentarismo e o tabagismo dos pais foram fatores que estiveram presentes nos filhos, desta forma concluiu-se que as crianças e adolescentes são diretamente influenciados pelos hábitos do meio em que vivem.
Para um bom desenvolvimento e crescimento cheio de normalidade entre as crianças, se faz necessário a adoção de alimentação nutricionalmente adequada. No entanto, nota-se que há um declínio quanto ao consumo de alimentos básicos e tradicionais na mesa dos brasileiros, que é formada pelo popularmente conhecido feijão com arroz. Consequentemente registrou-se um aumento elevado de produtos de origem industrial, voltado para a classe que detém um grande quantitativo de açúcar, gorduras saturadas e trans, presentes nos biscoitos e refrigerantes e lamentavelmente baixíssimo consumo de frutas e hortaliças (LEVY-COSTA et al., 2005).
Portanto, cabe ao enfermeiro e demais profissionais de saúde, conscientizar a família quanto à adoção de práticas alimentares saudáveis, favorecendo a adequação da cultura alimentar das crianças que habitam no mesmo espaço, pois, é notório que as crianças passam a gostar dos alimentos que são ofertados. Assim sendo, deve-se ofertar tipos de alimentos que oportunizam em preferências alimentares saudáveis, e que tornar-se-ão permanentes até sua vida adulta, com o intuito de favorecer a criação de ciclos que perpetue por gerações (MONTEIRO; VICTORA; BARROS, 2004).
Também é de responsabilidade da família o incentivo de práticas saudáveis de vida, como atividades físicas regulares, visto que o sedentarismo é um dos principais fatores predisponentes à obesidade infantil.
3.2 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO UM CUIDADO DE ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DA OBESIDADE INFANTIL
Segundo Philippe (2006, p.127) “[...] a educação é um processo de transformação do indivíduo que modifica seu entorno e vice-versa. O homem é um ser em transformação ao mesmo tempo um agente transformador da sua realidade”. Desta forma pode-se assegurar de que o termo educar conduz o indivíduo à absorção de experiências que promovem sua própria elevação a adequação dos padrões sociais e possibilita a aquisição do pensamento crítico e reflexivo.
Entende-se por educação em saúde:
[...] um processo de capacitação das pessoas proporcionado por uma abordagem socioeducativa que assegure conhecimento, habilidades e formação da consciência crítica para tomar uma decisão pessoal com responsabilidade social, incluindo políticas públicas e reorganização de serviços (BARROSO, VIEIRA, VARELA, 2003, P. 18).
De acordo com Nettina (2003) a American Nurses Association incluiu em seus padrões de cuidado a aplicação da educação em saúde, e neles a enfermagem tem um papel significativo na aplicabilidade desses cuidados. Ações voltadas à promoção da adaptação aos efeitos residuais da doença, a manutenção e a promoção da saúde são os pilares centrais que o enfermeiro deve se sustentar.
Sabe-se que informações atualizadas no campo da saúde são um direito do público, desta forma a educação em saúde representa um dos conhecimentos que o profissional de enfermagem deve dominar para com isso ofertar melhor qualidade de vida ao povo. Há de convir de que um público bem informado, que faça questionamentos significativos a respeito de saúde e dos serviços de cuidados de saúde, também contribui significativamente para a promoção da educação em saúde (SMELTZER; BARE, 2005).
A aquisição da saúde, assim como sua manutenção são fatores que estão diretamente relacionados ao processo de educação, sendo que o conhecimento possibilita o indivíduo a adequar seu estilo de vida dentro de parâmetros saudáveis, fugindo assim de atos vulneráveis e prejudiciais à saúde. O fato da obtenção do conhecimento promove mudanças significativas de forma a conduzir o indivíduo a aceitar a natureza de ser o principal responsável pelo seu estado de saúde (ARAÚJO et al.; 2006).
A contemporaneidade criou novos paradigmas comportamentais nas mulheres desta geração. Aspectos voltados à vaidade feminina, na tentativa da preservação da beleza física, têm provocado cada vez mais o desmame precoce dos recém-nascidos e até mesmo o não oferecimento, por parte das mães, do leite materno.
Desta forma, na tentativa de compensar o bebê, os pais acabam exagerando na diversidade de tipos de alimentos, na maioria das vezes industrializados. Sendo assim, verificou-se que o não oferecimento do leite materno está provocando o surgimento de mais um fator que leva a criança a adquirir a obesidade. Esta doença metabólica deve ser evitada com a educação em saúde, por intermédio do enfermeiro que ao realizar o cuidado educativo junto às mães que aleitam, promovem mudanças comportamentais na família, com novos hábitos alimentares, e cria o propósito de excluir a vulnerabilidade da obesidade infantil, extensivo aos demais membros da casa, pois novos hábitos nutricionais são implantados. Portanto o enfermeiro é o profissional que possui possibilidades em praticar a educação em saúde alimentar, com o propósito de educar a puérpera no sentido de absorver costumes alimentares saudáveis na fase de amamentação (ARAUJO; BESERRA; CHAVES, 2006).
Além do exposto acima, desenvolver trabalho no sentido de promover a educação alimentar, na idade de infância é dever do profissional de enfermagem, por meio de palestras e atividades que visem à difusão do ato de praticar a alimentação, e demais hábitos saudáveis durante esta fase da vida, e a valorização do apoio familiar assim como os educadores, nesse processo (GLAGLIONE, 2004).
Diante disso, Bizzo e Leder (2005), afirmam que para deter o conceito de educação alimentar adequada é necessário ter conhecimento, a princípio, do ponto de vista das crianças acerca de alimentação saudável, para que a partir desses conceitos fazer adoção de estratégias visando conhecer os problemas e as crenças que conduzem a tais hábitos. É importante observar que somente a proibição de certos hábitos alimentares não surtirá o efeito desejável, é preciso conduzir a criança ao entendimento sobre o estado de saúde que ele está condicionado, sendo que a informação de forma adequada, levando-se em conta a faixa etária do indivíduo representa um dos principais pontos para que o mesmo tome posse do auto cuidado com a saúde.
Nota-se que nos últimos anos, no Brasil, a mídia tem investido na difusão da adoção de novas práticas alimentares e com isto é notado uma mobilização no sentido de adequar os hábitos alimentares. No entanto, cuidados devem ser observados quando for transmitir orientações acerca de alimentação saudável em especial quando referenciar-se a crianças, não devendo restringir-se exclusivamente a dietas nutricionais, mas preparar os pais para obterem os conhecimentos sobre práticas saudáveis, e a importância de refeições em família para ampliação dos vínculos familiares, e a construção de uma sabedoria alimentar (GIUGLIANO; CARNEIRO, 2004).
Atento a essa dinâmica, o profissional de enfermagem na função de educador desempenha funções não somente na promoção da educação específica à criança e a família, ele deve focar a assistência em âmbito mais expressivo, ou seja, focar os olhares nas necessidades educacionais das comunidades. O auto-cuidado da população advém de comportamentos adquiridos na aprendizagem, desta forma vê-se aí a importância da atuação do enfermeiro em atribuir atenção maior nos aspectos da educação como forma de prevenção (SMELTZER; BARE, 2005).
Dessa forma ao enfermeiro cabe desenvolver atividades no sentido de promover a educação em saúde, visto que no âmbito do processo de ensino-aprendizagem objetiva-se a absorção de novos valores tanto nos aspectos que se referem a práticas de boa saúde, como aos socioeconômicos, culturais e religiosos, com reflexos diretos em melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 2006).
No contexto da educação em saúde percebe-se que o enfermeiro é o elo central, assumindo o perfil de educador capaz de desenvolver atividades voltadas à orientação em saúde e a consequente prevenção de doenças. É de fundamental importância que o enfermeiro desenvolva a atuação de educador, socialize seu conhecimento nas diversas áreas de prevenção, oferte melhor qualidade de vida à população. Desta forma, as despesas direcionadas a procedimentos médicos certamente diminuirão, assim como a alta complexidade dos males, já que os mesmos foram interceptados precocemente, favorecendo o êxito no tratamento do paciente (CARVALHO et al.; 2004).
Estratégias que contemplem amenizar o quantitativo de crianças expostas aos principais fatores que desencadeiam a obesidade infantil foram elaboradas pelo Ministério da Saúde, por meio de avaliações e orientações sequenciais, por equipe de enfermagem, junto à criança e seus familiares com o objetivo de controlar, prevenir e promover vida saudável em especial no que diz respeito às doenças crônico-degenerativas em todos os estágios da vida (BRASIL, 2003).
Ao profissional de saúde são atribuídas significativas tarefas no tocante à prevenção da obesidade infantil, visto que sua função principal é a de cuidar. Desde o nascimento da criança até a fase adulta deve-se ter acompanhamento por profissional de enfermagem, no sentido de analisar o seu desenvolvimento, com avaliações periódicas de peso e altura, na perspectiva de averiguar e prevenir sobre patologias que são oriundas de associações promovidas pela alimentação inadequada. Desta forma, tomar conhecimento acerca de nutrição infantil está relativamente associado ao campo de atuação deste profissional (FERNANDES; VARGAS, 2007).
Ainda segundo os autores acima, a conscientização da família quanto à implementação de práticas voltadas à prevenção da obesidade infantil, com folderes educativos, vídeos, relatos, de forma a conscientizá-los acerca das causas e consequências do peso em excesso, orientá-los quanto à necessidade da fixação de horários para alimentar-se, cardápios que condizem com a oferta de boa alimentação, direcionar ações que visem promover saúde e melhor qualidade de vida, fazem parte das atribuições do enfermeiro junto ao meio familiar.
Araújo et al. (2006), defende a criação de estratégias no sentido de intervir no crescimento desordenado do número de crianças obesas, desta forma reduzir as altas taxas que esta doença assume. Dessa forma, o enfermeiro assume papel de significância suprema neste cenário, cabendo ao mesmo assumir a função de convocar os demais profissionais de saúde, buscando desenvolver atividades preventivas no intuito de sanar um problema que assume índices alarmantes entre as crianças, visto que o modelo biomédico não tem mostrado eficácia no combate à adiposidade infantil.
A avaliação nutricional efetivamente ocorre, quando o profissional desenvolve trabalho conjuntamente com a família, identifica comportamentos de risco no meio familiar, característica esta que define o papel do enfermeiro como investigador, que através de suas atividades, entre elas a visita domiciliar e a consulta de enfermagem, foca sua atuação no combate ao sedentarismo, práticas alimentares inadequadas, desmame precoce, superproteção dos filhos ou desentendimentos familiares. Torna-se possível a atuação do enfermeiro nestes parâmetros em face de sua facilidade em compreender esses comportamentos que surgem na família em que o mesmo está próximo.
Conforme Ferreira (2005), a importância de se proceder durante o atendimento com o devido exame físico completo, assim como a obtenção do histórico da criança para o diagnóstico de enfermagem, são ações relevantes na descoberta de possíveis causas relacionadas ao aumento de peso infantil.
O Ministério da Saúde ressalta que as crianças recebem interferências do meio em que vive, a cultura dos hábitos alimentares são elementos impactantes na culpabilização da obesidade. Indivíduos que habitam em lares que não há a cultura da prática de atividades físicas e a supervalorização da alimentação como promoção de atos sociais tendem a adquirir sobrepeso. Nestes ambientes cabe a orientação do profissional de enfermagem, com vistas a adequar mudanças em relação a esses hábitos, estando atento ao padrão socioeconômico familiar, para nortear suas orientações (BRASIL, 2006).
As dificuldades para se trabalhar em família existem e requer do profissional de enfermagem dedicação acentuada, com o propósito de conhecer sua realidade nos aspectos sócio-econômico e cultural, em que a mesma está inserida. Deve-se conhecer sua realidade, para obter êxito no entendimento da família com a intenção de superar os limites e obstáculos na concretização das metas. Portanto, a conduta diária das famílias diz respeito ao conhecimento do enfermeiro, pois cabe ao mesmo conduzi-la no sentido de implementar novos hábitos, atitude que provoca mudanças transversalmente no cotidiano dessa (WEIRICH; TAVARES; SILVA, 2004).
Cabe ao profissional de enfermagem, dentro do âmbito de sua atuação, destacar como de fundamental importância o estabelecimento de propostas no sentido de sempre orientar acerca dos riscos que a doença promove. O acompanhamento do desenvolvimento da criança é fator preponderante para o êxito nos resultados, impedindo assim que o mesmo adquira a doença (FERNANDES; VARGAS, 2007).
Gama et al. (2007) ressalta, ainda que a atenção de enfermagem na prevenção da obesidade infantil é de fundamental importância. O crescente índice de crianças obesas está diretamente associado a mudanças no modo de viver e principalmente atribuído ao sedentarismo, consumo de gorduras e açúcares. Baseando-se nessa afirmativa o enfermeiro deverá desenvolver ações voltadas à educação nutricional e consequentemente a prevenção, podendo minimizar o crescimento demasiado da população obesa no país, sendo primordial que se tome como ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, desde o nascimento.
4 CONCLUSÃO
Foi identificado que a elevação das taxas de obesidade infantil tem proporcionado o aumento de estudiosos nesse âmbito, entretanto a divulgação de pesquisas contendo informações que indiquem a atuação do profissional de enfermagem na prevenção dessa problemática ainda é pequena, necessitando assim, o despertamento da categoria para a produção científica a fim de demonstrar as estratégias utilizadas por esse profissional para a prevenção de tal doença, que afeta tantas crianças e configura-se como um importante problema de saúde pública. O entendimento deste pensamento poderá favorecer na ampliação do número de profissionais de enfermagem, voltados a disponibilizar seus conhecimentos na prática de ações no sentido de mudar esse quadro.
As pesquisas mostraram que a prevenção da obesidade infantil é de fundamental importância, tendo em vista ser um mal que apresenta alta potencialidade como fator causador de doenças crônico-degenerativas.
Assim sendo, há necessidade do desempenho de ações como campanhas, projetos, teatros que enfoquem o assunto da boa alimentação, assim como a aquisição de práticas esportivas, o abandono do sedentarismo, no sentido de prevenir esse mal e consequentemente amenizar a progressão do número de crianças com peso de adultos e evitar as respectivas complicações de saúde. A adequação da cultura alimentar no seio familiar, ações voltadas à educação nutricional são atitudes que assumem potencial relevância na prevenção, evitará crescimento demasiado da população obesa no país, visto que seja essencial que se tome por ponto de partida o acompanhamento alimentar rigoroso na infância, desde o nascimento, já que o indivíduo quando é estimulado a práticas educacionais desde sua infância, oferece maiores possibilidades de absorção das mesmas.
Portanto a família é o primeiro educador nutricional, assim como vigilante das práticas alimentares da criança. Desta forma deve ser estabelecida a cultura do enfermeiro em realizar visitas periódicas nos lares, no intuito de oferecer suporte técnico quanto às maneiras saudáveis de alimentação, com o objetivo de evitar que as crianças adquiram sobrepeso. Não deveriam esperar que esta o procurasse na unidade básica de saúde, mas sim realizar estratégias de abordagens e ações preventivas através de programas comunitários em centros comunitários de saúde, juntamente com a família, em creches, com os educadores e merendeiras, assim como, com os professores nas escolas, com o propósito de realizar parcerias com os mesmos, na tentativa de minimizar os problemas naqueles indivíduos que já se encontram acima do peso e/ou realizar a prevenção primária e a devida promoção da saúde da comunidade que por ele é assistida.
Notou-se que o profissional de enfermagem é uma pessoa dotada de possibilidades no sentido de evitar que essa problemática prevaleça na fase adulta. Para isso, deve-se atuar com atividades preventivas conjuntamente com a família, no propósito de implementar parcerias com os membros da mesma, voltadas à aquisição de saudáveis hábitos alimentares.
5 REFERÊNCIAS
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